Antracnose no cafeeiro: risco e controle
Monitoramento deve ser constante
No cafeeiro, os sintomas da antracnose podem ser observados em diferentes partes da planta - Foto: Emater MG
A pesquisadora Julia Rayane, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), destacou em publicação no LinkedIn a preocupação com a antracnose no cafeeiro, uma doença fúngica causada pelo gênero Colletotrichum sp. Esse grupo de fungos ascomicetos é composto por diversas espécies patogênicas que afetam uma ampla gama de plantas. Eles utilizam estratégias variadas para invadir tecidos vegetais, apresentando modos de vida que vão de hemibiotróficos a necrotróficos. Além disso, desenvolvem estruturas especializadas de infecção, como tubos germinativos, apressórios, haustórios, hifas necrotróficas intracelulares secundárias e acérvulos.
No cafeeiro, os sintomas da antracnose podem ser observados em diferentes partes da planta. Nas folhas, a doença se manifesta por meio de manchas castanhas nas margens, com anéis concêntricos formados pelos acérvulos do fungo, estruturas das quais podem emergir aglomerados de conídios amarelados com um aspecto manteigoso. Esse tipo de infecção pode comprometer a produtividade da lavoura, exigindo atenção no manejo e controle da doença.
A presença do Colletotrichum sp. no cafeeiro reforça a necessidade de monitoramento constante e práticas agrícolas adequadas para minimizar os danos à cultura. Métodos como o uso de variedades resistentes, controle biológico e aplicação de fungicidas específicos podem auxiliar no combate à antracnose. Estudos sobre o comportamento do fungo e suas interações com o hospedeiro são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes no controle da doença.
