Milho: demanda aquecida sustenta preços no mercado interno
Atraso no plantio da segunda safra tem sido um fator de suporte aos preços

O mercado de milho segue sustentado pela forte demanda e pela oferta restrita por parte dos produtores. Segundo dados do relatório do Itaú BBA, apesar da queda nos preços internacionais, o cereal continua valorizado no Brasil. Em fevereiro, os preços do milho em Campinas (SP) ultrapassaram R$ 80/saca, e na primeira metade de março chegaram a R$ 88/saca, uma alta de 9,7%.
O atraso no plantio da segunda safra tem sido um fator de suporte aos preços domésticos. No cenário global, o USDA reduziu novamente as importações chinesas de milho para 2024/25, marcando a sétima revisão consecutiva para baixo. A expectativa agora é de um volume de apenas 8 milhões de toneladas, uma queda de 66% em relação à safra anterior.
A projeção de aumento de 4% na área plantada nos EUA pode impactar os preços no longo prazo. No entanto, o cenário climático e as incertezas tarifárias ainda trazem riscos para a produção. Com um mercado volátil e influenciado por fatores climáticos e comerciais, os produtores brasileiros seguem atentos às oportunidades de venda para garantir boas margens de lucro.