Área de soja cresce na Argentina, mas produção cai com clima adverso
Apesar da expansão da área, a produção foi revisada para baixo

A Argentina aumentou a área plantada com soja para a safra 24/25, totalizando 18,4 milhões de hectares, um crescimento de 6,36% em relação à safra anterior, segundo o boletim informativo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Apesar da expansão da área, a produção foi revisada para baixo, com estimativa de 48,6 milhões de toneladas, um recuo de 2,02% ante a projeção anterior e 3,19% inferior ao volume colhido na safra 23/24.
O declínio na produção é atribuído às condições climáticas adversas que marcaram o desenvolvimento das lavouras. Altas temperaturas e déficit hídrico atingiram especialmente as regiões do NEA, NOA e centro de Córdoba, prejudicando o crescimento das estruturas reprodutivas das plantas e reduzindo em 22% o potencial produtivo.
Por outro lado, as chuvas registradas em fevereiro e março trouxeram algum alívio para as lavouras de outras regiões, impedindo uma queda ainda maior na produtividade. O impacto desse fator positivo pôde ser observado no levantamento mais recente, que apontou que 73% das áreas estão em condições excelentes, boas ou normais, um avanço de 6 pontos percentuais em relação à semana anterior.
Os produtores argentinos seguem monitorando o clima para definir estratégias de manejo que minimizem perdas e garantam uma colheita mais equilibrada. Além disso, o desempenho da safra de soja na Argentina tem impacto direto no mercado global de grãos, influenciando os preços internacionais e a competitividade dos países exportadores, como Brasil e Estados Unidos.