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Produção de olerícolas avança pós-enchentes no RS

Olerícolas e frutícolas têm desenvolvimento variado no RS



Foto: Seane Lennon

Segundo informações divulgadas pela Emater/RS-Ascar, após as enchentes e chuvas de maio, o desenvolvimento das olerícolas no Rio Grande do Sul apresenta variações. Recentes dias de sol e tempo seco beneficiaram a produção em algumas regiões, como nos municípios de Quaraí, Rosário do Sul e na região de Ijuí, onde as colheitas de mandioca e batata-doce mostraram avanços consideráveis. Cultivos de alface e rúcula também têm registrado bom crescimento em Alegrete, Lajeado e Soledade. A região de Santa Rosa destaca-se pela boa luminosidade, que tem favorecido o controle de ácaros, tripes e traça-das-crucíferas, beneficiando os agricultores locais.

Entretanto, nos municípios de Bagé, Pelotas e Rio Grande, a umidade continua a prejudicar o desenvolvimento pleno das culturas, resultando em aumento dos preços dos alimentos. Em Rio Grande, as feiras de produtores estão sofrendo desabastecimento devido à falta de oferta de produtos locais. Nas várzeas, situadas às margens dos rios, os solos foram severamente afetados pela umidade, além de galhos e lama trazidos pelas águas fluviais. Essa situação tem levado a perdas significativas de produtos devido à incidência de doenças fúngicas.

A produção frutícola do estado também apresenta um panorama diversificado. Em Santa Rosa, onde predominam as produções de bergamota e laranja, os dias secos e ensolarados permitiram a realização de roçadas e pulverizações com bioinsumos para a prevenção de doenças e pragas, favorecendo o bom desenvolvimento das plantas de cobertura.

Por outro lado, em Pelotas, a persistente alta umidade e pouca luminosidade têm afetado os morangueiros e as áreas de produção semi-hidropônica, resultando em floração e frutificação reduzidas. Os transplantes nas áreas de cultivo no solo estão atrasados devido à demora na chegada das mudas importadas e nacionais. Apesar disso, as mudas importadas do Chile apresentam bom padrão de sanidade e são transplantadas à medida que as condições climáticas permitem. Já as mudas provenientes da Argentina não puderam ser importadas por motivos sanitários, levando muitos produtores a realizar o plantio mais tarde do que o ideal.

Os produtores rurais, que dependem de boas condições climáticas e acesso a tecnologias adequadas, estão se esforçando para reconstruir e desenvolver suas produções diante das adversidades climáticas. Em Rosário do Sul, agricultores estão investindo em infraestrutura, como estufas e sistemas de irrigação, para aumentar a produção e atender ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Na região de Ijuí, os produtores aproveitam a adequada luminosidade, temperatura e umidade para preparar ou renovar canteiros e aplicar corretivos de acidez e fertilidade do solo, visando melhorar a produtividade.

Apesar dos desafios, a determinação dos agricultores gaúchos e as condições favoráveis em algumas regiões indicam uma recuperação gradual e promissora para a produção de olerícolas e frutas no estado.

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