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Café rende mais que Bitcoin

“Traders das indústrias têm buscam operações de derivativos"



A produção brasileira enfrenta desafios críticos A produção brasileira enfrenta desafios críticos - Foto: Divulgação

Conforme informações de Anderson Nacaxe, especialista em finanças e inovação, o café arábica registrou uma valorização de 53,7% no contrato futuro contínuo #ICFC nos últimos seis meses, superando o Bitcoin, que subiu 39,2% no mesmo período. Essa alta destaca o café como uma das commodities mais lucrativas em dólar, atraindo investidores e especuladores em meio à crise de oferta global.

A produção brasileira enfrenta desafios críticos. A Volcafe revisou a previsão da safra 2025/26 para 34,4 milhões de sacas, 11 milhões abaixo da estimativa inicial, representando uma redução de 24%. A seca prolongada e falhas na floração reduziram drasticamente a produtividade. Mesmo com chuvas recentes, a recuperação das plantas é limitada, comprometendo safras futuras.

“Traders das indústrias têm buscam operações de derivativos, tentando comprar contratos futuros para compensar riscos, o que aumenta a demanda por posições compradas, enquanto não existe vendedores reais e o “squeeze” é histórico”, comenta. Dois grandes comerciantes brasileiros buscaram recuperação judiciais, gerando incertezas adicionais no mercado local. Inflação global, alta nos preços de insumos e custos logísticos pressionam ainda mais os produtores e comerciantes”, completa.

Globalmente, o mercado enfrenta o quinto déficit consecutivo, projetado em 8,5 milhões de sacas para 2025/26. O preço do arábica atingiu US$ 3,364 por libra-peso, maior valor desde 1977, enquanto o robusta chegou a US$ 5.200 por tonelada. Apesar da alta, a demanda em mercados premium como Europa e EUA segue resiliente, sustentando preços elevados.
 

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