Como está o desenvolvimento das pastagens no Rio Grande do Sul?
Fim do ciclo de pastagens de inverno no estado
No Rio Grande do Sul, as pastagens de inverno estão chegando ao final de seu ciclo, apresentando maior fibrosidade e qualidade nutricional reduzida. Com isso, a semeadura das pastagens de verão já foi iniciada, com os preços dos insumos permanecendo estáveis. No entanto, em algumas regiões, a umidade excessiva do solo tem dificultado o preparo da terra, gerando períodos de vazio forrageiro. Em contrapartida, as pastagens perenes estão começando a rebrotar com o aumento da insolação e das temperaturas características da primavera, assim como as pastagens nativas, que apresentam recuperação com a melhora das condições climáticas, conforme o Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (24) pela Emater/RS.
De acordo com o informativo, na região de Bagé, especificamente em Hulha Negra, o clima seco e quente, registrado a partir de 19 de outubro, favoreceu a realização do corte e da produção de pré-secado em áreas de azevém após um período de chuvas intensas. Apesar da produtividade satisfatória, a qualidade foi comprometida pelo atraso na colheita. As áreas de azevém destinadas ao pastejo continuam apresentando boa capacidade de suporte, apesar da formação de estruturas reprodutivas que reduzem o valor nutricional. Já em Erechim, o ciclo das pastagens anuais de inverno está se encerrando, diminuindo a oferta de forragem, mas a umidade recente do solo está beneficiando o desenvolvimento das forrageiras de verão e das pastagens perenes.
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Em Frederico Westphalen, o cenário é semelhante, com as pastagens de inverno no final de seu ciclo produtivo e, consequentemente, uma queda na qualidade nutricional. Em Ijuí, o desenvolvimento das forrageiras de verão é considerado satisfatório, e novas áreas estão sendo preparadas para o corte. Em Passo Fundo, avança a dessecação das culturas de inverno para o plantio da soja, enquanto o campo nativo aumenta sua capacidade de brotação, levando os produtores a prepararem cercas e aguadas para a chegada dos animais.
Na região de Pelotas, as pastagens nativas apresentam desenvolvimento acelerado, embora a falta de chuvas e os alagamentos pontuais em algumas áreas estejam afetando a oferta de forragem. Em Porto Alegre, o campo nativo registra bom rebrote, beneficiado pela boa luminosidade, aumentando a oferta de alimentos. Em Santa Maria, as pastagens perenes seguem em bom desenvolvimento, enquanto o plantio das pastagens de verão mostra avanços. Em Santa Rosa, as chuvas regulares, aliadas ao calor e ao sol, estão favorecendo o crescimento das pastagens de verão, com destaque para a adubação nitrogenada, que tem melhorado o crescimento foliar e a oferta de forragem. Em Soledade, as pastagens anuais de verão, como capim-sudão e milheto, estão em fase de semeadura e já começam a se estabelecer em algumas áreas do Baixo Vale do Rio Pardo, conforme os dados da Emater/RS.