Abate de bovinos cresce 14,8% no terceiro trimestre
No mercado interno, o cenário de alta nos preços se mantém
Segundo o indicado no Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgado nesta quinta-feira (14), com base nos dados do IBGE, no Brasil, o abate de bovinos apresentou um crescimento de 14,8% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento ocorre mesmo com a alta no preço da arroba, que ganhou força a partir de setembro, devido, principalmente, à demanda do mercado externo.
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O volume de carne bovina exportada para a China, principal destino das exportações brasileiras, registrou aumento de 29,1% em comparação a 2023. No terceiro trimestre do ano passado, foram exportadas 615.782 toneladas, a um preço médio de US$ 4,48/kg. Em 2024, apesar da maior quantidade exportada, o preço médio sofreu leve queda de aproximadamente 3%, acompanhando a tendência do mercado global. Atualmente, cerca de metade das carcaças exportadas pelo Brasil têm como destino o mercado chinês.
No mercado interno, o cenário de alta nos preços se mantém, embora possa enfrentar desaceleração devido à limitada capacidade de compra da população. O preço elevado da arroba também reflete nos custos de reposição de gado. O preço do bezerro atingiu, segundo o Deral, R$ 2.545,04, o maior valor desde o início de 2023, impulsionado pela valorização do boi gordo. Esse cenário, juntamente com o aumento no abate de fêmeas, sustenta uma expectativa de preços elevados para 2025, conforme o boletim.