Zona de Livre Comércio Africana em destaque na EIMA
Apesar dos avanços, desafios permanecem
Na abertura da EIMA International em Bolonha, a Zona de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA) e o Plano Mattei foram temas centrais. Promovido pela Africa e Affari e pela FederUnacoma, o evento destacou o potencial da AfCFTA, que busca retirar 30 milhões de pessoas da pobreza extrema e aumentar a renda em 450 bilhões de dólares até 2035.
A AfCFTA, uma das iniciativas mais ambiciosas da União Africana, visa acelerar o crescimento econômico e a integração regional, criando a maior zona de livre comércio do mundo. Com quase todos os países africanos como membros, o acordo abre um mercado de 1,3 bilhão de consumidores, representando uma oportunidade estratégica para empresas interessadas na internacionalização, conforme discutido pelo painel de especialistas, que incluiu Gianfranco Belgrano e Alessandra Pastorelli, do Ministério das Relações Exteriores da Itália.
Dados do Banco Africano de Desenvolvimento e do Banco Mundial apontam o enorme potencial do acordo, que busca, além de eliminar barreiras tarifárias, fomentar cadeias de valor regionais, especialmente em setores como indústria e agricultura. Os principais objetivos da AfCFTA incluem a criação de um mercado unificado e uma união aduaneira continental, além de impulsionar o crescimento socioeconômico sustentável. A meta é eliminar 97% das tarifas até 2030.
Apesar dos avanços, desafios permanecem, como a infraestrutura de transportes e a livre circulação de pessoas. Nesse cenário, o Plano Mattei, proposto pela Itália, é visto como um apoio importante, promovendo a colaboração em agricultura e mecanização, e incentivando o desenvolvimento sustentável e o crescimento compartilhado.
A ocasião também marcou o lançamento de uma publicação da Africa e Affari em parceria com a FederUnacoma, que analisa o progresso da AfCFTA em 20 países africanos, abordando produção e importação de máquinas agrícolas e oferecendo uma visão das tendências atuais no setor.