Perspectivas climáticas pressionam soja em Chicago

De acordo com a TF Agroeconômica, os contratos futuros de soja na CBOT encerraram esta quarta-feira em baixa, influenciados por previsões de chuvas nas áreas secas do sul do Brasil e da Argentina. O contrato de março, referência para a safra brasileira, caiu 0,45%, ou -4,75 cents/bushel, encerrando a US$ 1.042,75. O contrato de maio recuou 0,57%, ou -6,00 cents/bushel, fechando a US$ 1.055,25. Entre os derivados, o farelo de soja para março caiu 1,24%, atingindo US$ 302,0/ton curta, enquanto o óleo de soja subiu 0,11%, fechando a US$ 46,27/libra-peso.  

Embora os preços tenham iniciado o dia com leve alta, a sessão foi marcada por uma inversão no final, devido à realização de lucros após os bons ganhos registrados na última semana. A queda veio na esteira do relatório de oferta e demanda do USDA, que apresentou cortes maiores do que o esperado, e do relatório da NOPA, que mostrou um volume de processamento de soja acima das expectativas nos Estados Unidos. Contudo, as condições climáticas na América do Sul se tornaram o foco do mercado, pressionando as cotações.  

As previsões para a segunda quinzena de janeiro indicam aumento de umidade nas regiões secas do sul do Brasil e da Argentina, o que pode beneficiar a recuperação das lavouras locais. Além disso, a manutenção das estimativas de safra recorde no Brasil por parte do USDA, Conab e consultorias privadas reforçou o sentimento de maior oferta global, o que também limitou o avanço dos preços.  

Com a expectativa de uma produção brasileira robusta em 2025 e a recuperação climática na América do Sul, o mercado deve permanecer volátil, atento a novos relatórios e movimentações climáticas que possam impactar a oferta e a demanda nos próximos meses.