Pastagens prejudicadas pela seca afetam rebanhos
Baixa umidade e dificulta crescimento de pastos
O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (23), destacou os desafios enfrentados pelos produtores rurais do Rio Grande do Sul devido à irregularidade e à escassez de chuvas. O impacto nas pastagens nativas e cultivadas tem afetado diretamente o desenvolvimento vegetativo, a oferta de forragem e a produtividade dos rebanhos.
- Bagé: Apesar de leves chuvas em algumas áreas, regiões como São Gabriel enfrentaram exposição de solo e morte do capim annoni. Em Quaraí, incêndios destruíram 100 hectares.
- Pelotas: A estiagem comprometeu as forrageiras, levando à antecipação do uso de silagem. Em municípios como Capão do Leão, as chuvas foram insuficientes para resolver o déficit hídrico.
- Erechim e Ijuí: A baixa umidade do solo resultou em redução da oferta de forragem, obrigando os produtores a complementar as dietas com alimentos conservados e concentrados.
- Santa Maria e Santa Rosa: A irregularidade das precipitações prejudicou tanto as pastagens nativas quanto cultivadas, agravando o vazio forrageiro e exigindo maior suplementação alimentar.
Em algumas regiões, a alta incidência de espécies exóticas invasoras, como o caraguatá, também demanda ações de controle para manter a produtividade dos campos.
Produtores têm utilizado estratégias de manejo, como a suplementação alimentar e o uso de silagem, para mitigar os impactos da seca. No entanto, especialistas alertam que a recuperação plena das pastagens depende de precipitações regulares nas próximas semanas.