Preço da carne suína sobe pelo sexto mês consecutivo
Escassez e exportação impulsionam alta dos preços no Brasil
Os preços da carne suína, tanto no mercado doméstico quanto na exportação, encerraram o mês de outubro em alta, mantendo uma trajetória de valorização e consolidando o sexto mês consecutivo de aumento nos valores. Essa reação positiva nos preços do animal vivo e da carne suína reflete o cenário de maior demanda e a pressão da oferta, segundo os dados monitorados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A continuidade desses reajustes ressalta o movimento de ascensão no setor de proteínas, com os preços respondendo às demandas do mercado.
De acordo com os pesquisadores do Cepea, o principal fator que impulsiona esse aquecimento nos preços é o ritmo recorde das exportações brasileiras de carne suína in natura durante a parcial de outubro. O Brasil tem se destacado no mercado externo, com países importadores aumentando suas compras devido à qualidade e competitividade da carne suína brasileira. Esse desempenho exportador cria um cenário de maior escassez de produto no mercado interno, o que colabora para a valorização nos preços domésticos da proteína e coloca o Brasil em posição estratégica para atender a demanda externa.
Além das exportações, o aquecimento no mercado doméstico é outro ponto relevante que tem contribuído para a elevação dos preços da carne suína e do animal vivo. A procura por carne suína, incentivada pelo aumento do consumo em várias regiões do Brasil, tem se intensificado neste mês, impulsionada pela preferência dos consumidores pela proteína suína em momentos de alta de preços em outras carnes. Pesquisadores do Cepea apontam também que o movimento de alta nos preços é fortemente influenciado pela baixa disponibilidade de animais com peso ideal para o abate, tornando o mercado mais competitivo e impulsionando ainda mais os valores.