O Rabobank estima que a demanda por café no Brasil para o ciclo 2023/24 atinja 21,6 milhões de sacas, representando um aumento de 1,6% em relação à temporada anterior. Para o ciclo 2024/25, a expectativa é de um crescimento mais moderado, com projeção de consumo de 21,8 milhões de sacas, um acréscimo de 0,7%. Além disso, o Rabobank prevê que as exportações de café brasileiro em 2025 fiquem entre 45 e 47 milhões de sacas, considerando a possibilidade de uma desaceleração nos embarques durante o primeiro semestre, devido à colheita frustrada do ciclo 2024/25 (Rabobank).
O cenário climático melhorou, e o possível adiamento da legislação europeia EUDR (Regulamento de Deforestação da União Europeia) pode beneficiar o setor exportador. No entanto, o panorama internacional ainda apresenta desafios significativos. O conflito em curso no Mar Vermelho e incertezas na oferta global reforçam a perspectiva de um mercado com balanço apertado, o que contribui para a manutenção de preços elevados.
Diante desse contexto, o Rabobank projeta que as cotações do café em Nova York devem se manter entre USD 2,20 e USD 2,45 por libra-peso nos próximos meses. Esse patamar reflete tanto a situação limitada da oferta quanto as incertezas logísticas globais, que impactam diretamente os preços.
Para o Brasil, essa valorização nos preços internacionais pode representar uma oportunidade de ganhos, ainda que o cenário interno e as condições de produção precisem de monitoramento constante. A demanda robusta, somada aos desafios de exportação, sugere que o mercado de café deve seguir com preços firmes no curto prazo, mantendo atenção aos desdobramentos internacionais.