Exportações de café do Brasil batem recorde
Brasil exportou 50,443 milhões de sacas de 60 kg de café para 116 países
De acordo com o relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado nesta terça-feira (14), o Brasil exportou 50,443 milhões de sacas de 60 kg de café para 116 países em 2024, o maior volume já registrado. O desempenho representou um crescimento de 28,5% em relação ao ano anterior e superou o recorde anterior, de 2020, em 12,8%.
O país encerrou dezembro de 2024 com o embarque de 3,808 milhões de sacas, gerando receita de US$ 1,145 bilhão. Apesar de uma queda de 8,1% no volume exportado em comparação com dezembro de 2023, a receita cambial aumentou expressivos 42,2%.
Entre os tipos de café, o arábica foi o mais exportado, com 36,946 milhões de sacas, um recorde histórico para essa variedade e alta de 19,8% em relação a 2023. Os cafés canéforas (conilon e robusta) tiveram o maior avanço percentual, com crescimento de 97,9%, totalizando 9,356 milhões de sacas.
Os Estados Unidos lideraram como maior mercado para o café brasileiro, com 8,131 milhões de sacas importadas (16,1% do total), seguidos pela Alemanha (7,590 milhões), Bélgica (4,348 milhões), Itália (3,914 milhões) e Japão (2,211 milhões).
Por regiões, a Europa representou 52,6% das exportações, com destaque para a União Europeia, que adquiriu 23,612 milhões de sacas, um aumento de 42,8% em relação ao ano anterior.
Os cafés diferenciados, conhecidos por sua qualidade superior ou certificações de práticas sustentáveis, somaram 9,141 milhões de sacas exportadas, representando 18,1% do total e crescimento de 31,2% em comparação com 2023. A receita desse segmento alcançou US$ 2,535 bilhões, um aumento de 59,9%.
Apesar dos números recordes, o setor enfrentou desafios logísticos, como atrasos nos portos e custos adicionais de armazenagem. Esses problemas geraram prejuízos de R$ 42,332 milhões às exportadoras, segundo levantamento do Cecafé.
O Porto de Santos foi o principal canal de exportação, com 68% do total embarcado, seguido pelo complexo portuário do Rio de Janeiro, com 27,9%.