Mercados agrícolas começam o dia com leve baixa
A soja, embora em queda após ganhos recentes, segue sustentada pela seca
De acordo com o relatório da TF Agroeconômica desta segunda-feira (14), os mercados de soja, milho e trigo abriram o dia em leve baixa, influenciados principalmente pela realização de lucros por investidores e pela volatilidade climática. Os contratos de soja para janeiro na CBOT caíram para US$ 1036,0 (-5,50), enquanto o milho para março recuou para US$ 474,25 (-2,25). Já o trigo para março foi negociado a US$ 544,0 (-1,0).
A soja, embora em queda após ganhos recentes, segue sustentada pelas condições de seca na Argentina e no sul do Brasil. No mercado interno, o preço médio da soja registrado pelo Cepea foi de R$ 137,90, com variação mensal negativa de 1,08%. Segundo a Conab, 0,3% da área de soja no Brasil foi colhida até agora, enquanto a previsão da safra 2024/25 foi revisada pela AgResource para 172,07 milhões de toneladas, devido às chuvas no Centro-Norte do país.
No milho, as condições climáticas também limitaram quedas mais expressivas, com a Conab confirmando o início da semeadura da safrinha e apontando progresso na colheita da primeira safra em 2,3% da área, ainda atrás dos 6,8% registrados no ano anterior. A AgResource revisou para baixo sua estimativa total de produção de milho, agora em 122,39 milhões de toneladas, devido a cortes na primeira e segunda safras. “Assim como na soja, a falta de umidade em importantes regiões agrícolas da Argentina e do sul do Brasil está limitando as perdas”, comenta.
O trigo, por sua vez, enfrentou pressão pela entrada de suprimentos da Austrália e da Argentina, além da força do dólar, que prejudicou a competitividade das exportações dos EUA. No Brasil, o preço do trigo no Paraná subiu 0,18%, alcançando R$ 1.401,65 por tonelada, enquanto no Rio Grande do Sul houve leve recuo, cotado a R$ 1.243,51. “A entrada de suprimentos australianos e argentinos no circuito comercial também está impactando o mercado global, ajudando a compensar a desaceleração nos embarques da região do Mar Negro”, conclui.