Milho B3 se aproxima do físico
Os contratos do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão de forma mista

Segundo análise da TF Agroeconômica, os contratos futuros do milho negociados na B3 fecharam em alta nesta terça-feira (08), impulsionados pela valorização do dólar, o que aumentou a competitividade do grão brasileiro no mercado externo. Essa movimentação reduziu a diferença de preços entre o milho físico e o milho futuro. Com o dólar mais forte, parte do milho que seria destinado ao abastecimento interno até a chegada da safrinha passou a interessar aos exportadores, mesmo com uma leve queda nos prêmios nos portos para compensar a valorização cambial.
Essa nova dinâmica pressiona especialmente os pequenos industriais e empresas de ração animal, que não têm estoques alongados como as grandes indústrias e precisam retomar as compras, aceitando pagar mais. O contrato de maio/25 encerrou o dia cotado a R$ 80,17, com alta de R$ 1,60 no dia e de R$ 1,64 na semana. O julho/25 subiu R$ 0,57 no dia, fechando a R$ 72,95, embora acumule queda de R$ 0,42 na semana. Já o setembro/25 terminou cotado a R$ 72,62, com alta de R$ 0,68 no dia e R$ 0,02 na semana.
No mercado internacional, os contratos do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão de forma mista, sustentados por fatores como a demanda aquecida e as dificuldades no plantio nos Estados Unidos. As cotações mais curtas subiram diante de atrasos na semeadura, causados por alagamentos em regiões produtoras do Centro-Sul e Centro-Oeste norte-americano. A referência de maio subiu 1,02%, ou 4,50 cents/bushel, fechando a US$ 469,00, enquanto o contrato de julho teve alta de 0,85%, a US$ 474,75.
Outro fator que reforça a firmeza da demanda foi a compra de 240 mil toneladas de milho americano pela Espanha, mesmo com a imposição de tarifas. Essa movimentação reforça o apetite global pelo cereal e sustenta os preços nos principais mercados.