Como a soja fechou o dia em Chicago?
O mercado operou em queda pelo terceiro dia consecutivo

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o dia em queda, impactada pelo ritmo acelerado da colheita no Brasil e por incertezas no comércio global. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato para maio, referência para a safra brasileira, recuou 0,44%, fechando a US$ 1008,25 por bushel. O vencimento de julho caiu 0,49%, a US$ 1021,50 por bushel. O farelo de soja também registrou baixa de 0,73%, cotado a US$ 297,7 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja recuou 0,42%, fechando a US$ 42,36 por libra-peso.
O mercado operou em queda pelo terceiro dia consecutivo, refletindo a turbulência gerada pelas novas tarifas propostas pelo governo dos EUA e potenciais retaliações dos países afetados. Há preocupações sobre taxas portuárias onerosas para navios chineses, o que poderia encarecer as exportações agrícolas americanas. Além disso, o avanço da colheita no Brasil pressiona os preços, com expectativa de produção recorde de 170 milhões de toneladas.
A valorização do real frente ao dólar é outro fator em jogo, podendo reduzir o apetite dos produtores brasileiros por vendas no curto prazo. No entanto, a pressão sazonal típica do período continua, com novos lotes de soja entrando no mercado. Esse cenário mantém a volatilidade e a cautela entre os operadores, que acompanham de perto os desdobramentos da política comercial global.
Com um mercado ainda incerto e influenciado por fatores externos, a tendência dos preços dependerá da evolução da demanda global e das medidas protecionistas adotadas pelos EUA. No Brasil, os próximos passos dos produtores serão decisivos para o ritmo das exportações e para o comportamento do mercado nas próximas semanas.