Deficiência de zinco reduz produtividade da pastagem
O zinco desempenha um papel fundamental na síntese do hormônio do crescimento

Segundo informações da Agroadvance, compartilhadas por Thiago Madeira, gerente de pesquisa na Papalotla Sementes Brasil, muitos pecuaristas podem estar perdendo produtividade na pastagem sem perceber. O motivo pode estar na deficiência de Zinco, um micronutriente essencial para o crescimento das gramíneas. Embora haja grande atenção ao Nitrogênio, Fósforo e Potássio, a falta de Zinco pode resultar em sintomas como crescimento lento, folhas pequenas e clorose nas nervuras (amarelamento).
O zinco desempenha um papel fundamental na síntese do hormônio do crescimento (auxina), regula a transpiração das plantas e é essencial para a síntese de proteínas e o processo respiratório. Além disso, pastagens com níveis adequados desse nutriente apresentam maior tolerância a estresses, como a seca. Em solos com baixos teores de zinco e altos teores de fósforo, é essencial realizar uma adubação complementar, que pode ser feita via solo ou foliar.
Apesar de ser um micronutriente e necessário em pequenas quantidades, a deficiência de zinco pode causar sérios prejuízos. O teor ideal em gramíneas varia entre 20 e 50 mg/kg. Plantas com deficiência podem apresentar encurtamento dos entrenós, folhas menores e sintomas visuais de clorose. Esses sinais, embora nem sempre sejam evidentes, indicam que a produtividade da pastagem pode estar sendo comprometida.
Diante disso, a recomendação é que produtores fiquem atentos ao equilíbrio nutricional do solo e considerem análises periódicas para garantir que o pasto receba todos os nutrientes necessários. A adubação correta pode ser um fator decisivo para manter a produtividade e resistência das pastagens ao longo do ano.