Como garantir a lucratividade com milho?
"Nossa recomendação é aproveitar os ainda bons e lucrativos níveis de preço"
Segundo análise da TF Agroeconômica, as perspectivas de aumento da produção de milho no Brasil e no mundo indicam uma tendência de queda nos preços no curto, médio e longo prazos, tanto na Bolsa de Chicago quanto na B3 de São Paulo. A consultoria recomenda que os produtores aproveitem os níveis de preços ainda favoráveis para fixar suas safras, seja no mercado físico ou futuro, garantindo a lucratividade antes que as cotações caiam abaixo dos custos de produção, como ocorreu no ano passado.
Entre os fatores de alta, destaca-se o comprometimento de 30% a mais de milho nos Estados Unidos em relação ao mesmo período do ano anterior, com 38,8 milhões de toneladas vendidas, o que representa 61,71% da meta de exportação do USDA para a campanha. Além disso, houve leve aumento na demanda de milho para etanol, e no Brasil, a baixa disponibilidade da safra anterior mantém os preços relativamente firmes.
Por outro lado, os fatores de baixa incluem o início da colheita da safra de verão no Rio Grande do Sul e o término do plantio nos demais estados brasileiros, que trazem alívio ao mercado e pressionam as cotações na B3. Na CBOT, a realização de lucros após máximas de seis meses e a entrada de grãos no mercado físico também contribuíram para quedas. Adicionalmente, as perspectivas de boas safras na América do Sul, como a revisão para cima da produção brasileira pela StoneX (128,6 milhões de toneladas), e as fracas exportações americanas reforçam o viés de baixa.
“Com a forte possibilidade de aumento da produção, tanto brasileira, quanto mundial, a tendência das cotações do milho, tanto na CBOT, de Chicago, quanto na B3, de São Paulo é de queda a curto, médio e longo prazos. Então, nossa recomendação é aproveitar os ainda bons e lucrativos níveis de preço para fixar sua safra, se não no físico, pelo menos no mercado futuro, para garantir lucratividade, antes que voltem a cair abaixo do custo de produção, como no ano passado”, comenta.