Mercado do trigo segue lento no RS, SC e PR
No Paraná, a escassez de ofertas fez com que a média CEPEA atingisse R$ 1.526,50/t
Em Santa Catarina, a situação também é de dificuldades - Foto: Divulgação
O mercado de trigo no Sul do Brasil segue com pouca movimentação e preços relativamente estáveis, conforme análise da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, o trigo pão comum permanece ao redor de R$ 1.400/t FOB, com baixa disposição de compra e dificuldades logísticas devido à prioridade dos caminhões para a soja. Os moinhos relatam fraco desempenho na venda de farinhas, mantendo o mercado travado. O trigo branqueador não registrou negócios, mas seu preço estimado seria de R$ 1.550/t FOB. O preço da saca na região de Panambi subiu para R$ 71,00.
Em Santa Catarina, a situação também é de dificuldades na venda de farinhas e grandes estoques de matéria-prima. Os preços do trigo se mantêm estáveis, com moinhos pagando cerca de R$ 1.400/t FOB. Há ofertas de trigo gaúcho a R$ 1.300/t FOB, chegando ao leste catarinense a aproximadamente R$ 1.600/t com frete e ICMS. Os preços pagos aos triticultores subiram para R$ 74,00/saca em Canoinhas, enquanto permaneceram em R$ 69,00 em Chapecó, R$ 78,00 em Joaçaba e R$ 80,00 em Rio do Sul. Em São Miguel do Oeste, o valor subiu para R$ 74,00, enquanto em Xanxerê permaneceu em R$ 77,00.
No Paraná, a escassez de ofertas fez com que a média CEPEA atingisse R$ 1.526,50/t, o maior valor dos últimos sete meses. Os vendedores pedem entre R$ 1.550 e R$ 1.570/t FOB, com negócios no norte do estado chegando a R$ 1.600/t. A prioridade dos produtores está na colheita da soja, o que reduz ainda mais a disponibilidade de trigo. O trigo branqueador segue escasso, com preços acima de R$ 1.700/t. Já a média da saca no estado subiu para R$ 76,47, enquanto o custo de produção caiu para R$ 68,68, elevando o lucro médio do triticultor para 11,34%.
