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Dia Nacional da Conservação do Solo reforça importância de práticas agrícolas sustentáveis

15 de abril: data vai muito além da agricultura: trata-se da preservação da vida



Foto: Canva

No dia 15 de abril, o Brasil celebra o Dia Nacional da Conservação do Solo, uma data que vai muito além da agricultura: trata-se da preservação da vida. Instituída pelo Decreto de Lei nº 7.876, de 1989, a data é uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e homenageia o pesquisador norte-americano Hugh Hammond Bennett, considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos.

Segundo o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, Alberto Bernardi, essa é uma oportunidade de reflexão sobre a importância do solo como recurso natural essencial à produção de alimentos, à manutenção dos ecossistemas e à sobrevivência humana. “O solo é mais do que o suporte físico das plantas. É um sistema vivo, complexo, e um componente essencial dos ecossistemas terrestres”, destaca Bernardi.

Degradação do solo é ameaça global

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estima que cerca de um terço dos solos do mundo já esteja degradado pelo uso inadequado. Entre os principais problemas estão a erosão, compactação, acidificação, salinização e contaminação. No Brasil, a erosão hídrica é apontada como a principal causa de degradação dos solos agrícolas, agravada pela ausência de cobertura vegetal e pelo impacto direto da chuva.

Bernardi explica que a vegetação atua como proteção natural do solo, reduzindo os efeitos da erosão e aumentando a infiltração de água. “A perda das camadas superficiais transforma áreas produtivas em terras inférteis, com prejuízos para a agricultura, o meio ambiente e a qualidade da água”, alerta.

Solo saudável é pilar da sustentabilidade

Um solo conservado armazena mais carbono, contribui para a mitigação das mudanças climáticas, melhora a retenção hídrica, estimula a atividade biológica e fortalece a ciclagem de nutrientes. Já a degradação impacta diretamente a produção agrícola, gerando custos adicionais aos produtores com insumos, replantio e manutenção de estruturas de conservação.

De acordo com Bernardi, “a agricultura moderna passou a enxergar a conservação do solo não como obstáculo à produção, mas como aliada da produtividade e da sustentabilidade.” O pesquisador lembra ainda que a conservação do solo contribui diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente os ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), ODS 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima) e ODS 15 (Vida Terrestre).

Um compromisso com o futuro

Preservar o solo é garantir o futuro da produção de alimentos, da biodiversidade e da vida no planeta. O Dia Nacional da Conservação do Solo é um chamado à ação: o solo é um patrimônio natural e social que precisa ser cuidado hoje para continuar sustentando as gerações de amanhã.

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