
Segundo a TF Agroeconômica, a soja iniciou o dia com leve alta na Bolsa de Chicago, negociada a US$ 1.040,50 por bushel (+2,0), impulsionada pelo avanço do óleo de soja. A possível imposição de tarifas por Donald Trump pode restringir a entrada nos EUA de óleo de canola do Canadá e óleo de cozinha usado da China e da União Europeia, aumentando a demanda doméstica pelo derivado da oleaginosa. No Brasil, o indicador CEPEA registrou queda de 0,69% no dia, cotado a R$ 130,35, mas acumula alta de 1,05% no mês. A colheita brasileira segue como fator limitante para maiores elevações.
Nesse contexto, o milho também opera em leve alta na CBOT, cotado a US$ 503,25 por bushel (+1,25), após quatro sessões consecutivas de valorização. A sustentação vem da forte demanda por exportações dos EUA e dos atrasos no plantio da safrinha no Brasil, cuja janela ideal se encerra no final de fevereiro. No mercado interno, o indicador CEPEA caiu 0,8% no dia, para R$ 78,91, mas acumula ganho de 5,23% no mês. Além disso, traders monitoram previsões climáticas indicando o retorno de altas temperaturas na Argentina, onde o milho já sofreu perdas no potencial produtivo.
Já o trigo recua levemente na CBOT, cotado a US$ 604,25 por bushel (-0,50), após um período de forte valorização, levando investidores a realizarem lucros. O foco do mercado está nas negociações de um possível "plano de paz" no Mar Negro, envolvendo EUA e Rússia, mas sem a participação da Ucrânia. No Brasil, os preços seguem firmes: no Paraná, o CEPEA registrou alta de 0,81% no dia, chegando a R$ 1.452,93, enquanto no Rio Grande do Sul o avanço foi de 0,15%, para R$ 1.326,37.