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Balança comercial registra superávit de US$ 3,16 bi em março

Exportações são impulsionadas pelo agronegócio



Foto: Pixabay

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), o comércio exterior brasileiro apresentou crescimento expressivo no início de março de 2025. De acordo com dados oficiais, até a primeira semana do mês, as exportações cresceram 69,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 7,03 bilhões. As importações também avançaram 26,2%, atingindo US$ 3,88 bilhões.

Com esses resultados, a balança comercial registrou um superávit de US$ 3,16 bilhões, um salto de 193,6% na comparação anual. Já a corrente de comércio, que soma exportações e importações, alcançou US$ 10,91 bilhões, um crescimento de 51,1%.

Desempenho no acumulado do ano

Apesar do bom desempenho no início de março, no acumulado de janeiro até a primeira semana de março, as exportações caíram 3,6%, somando US$ 55,29 bilhões. Em contrapartida, as importações cresceram 14,9%, chegando a US$ 50,20 bilhões.

Com isso, o superávit comercial recuou 62,7%, fechando o período em US$ 5,09 bilhões. Já a corrente de comércio apresentou alta de 4,4%, atingindo US$ 105,48 bilhões.

Exportações impulsionadas pelo agronegócio

O crescimento das exportações na primeira semana de março foi puxado pela Agropecuária, que registrou um avanço de 86,1%, totalizando US$ 1,98 bilhão. A Indústria de Transformação cresceu 79,9% (US$ 3,76 bilhões), enquanto a Indústria Extrativa teve um aumento mais moderado, de 29,4% (US$ 1,26 bilhão).

Entre os destaques das vendas externas estão:

  • Milho não moído (+598,7%)
  • Café não torrado (+273,7%)
  • Soja (+49,7%)
  • Carne bovina (+161,3%)
  • Celulose (+183,9%)

Por outro lado, alguns produtos registraram queda, como:

  • Trigo e centeio não moídos (-29,8%)
  • Minérios de níquel e seus concentrados (-100,0%)
  • Aeronaves e partes (-54,0%)

Importações também avançam

No mesmo período, as importações cresceram 75,1% na Agropecuária, 2,2% na Indústria Extrativa e 27,1% na Indústria de Transformação.

Os produtos com maior alta de importação foram:

  • Cacau em bruto ou torrado (+3.187,4%)
  • Milho não moído (+96,0%)
  • Óleos brutos de petróleo (+51,0%)

Já as quedas mais expressivas ocorreram em:

  • Cevada não moída (-99,9%)
  • Fertilizantes brutos (-96,3%)
  • Veículos para transporte de mercadorias (-39,5%)

 

O mercado segue atento aos próximos movimentos do comércio exterior e ao impacto das oscilações cambiais e da demanda global nos resultados da balança comercial.

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