De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul segue com movimentação lenta, principalmente devido à pressão das farinhas. Os moinhos locais já fecharam praticamente todas as suas posições de fevereiro e começam a se concentrar nas compras para março. Moinhos de fora do estado continuam ausentes, adquirindo apenas volumes pontuais. O trigo importado da Argentina teve aumento de US$ 7 por tonelada, atingindo US$ 235 FOB Up River, enquanto o trigo uruguaio está sendo negociado no estado a valores entre US$ 265 e US$ 270 CPT moinho, dependendo da localização.
No segmento de exportação, o mercado está mais focado no fechamento de posições conforme as nomeações de navios. Os compradores estão fazendo ofertas de R$ 1.280,00 para embarques entre 15 de fevereiro e 15 de março, com pagamento na segunda metade de março. Para trigos mais fortes, o preço sobe para R$ 1.330,00 no interior. No melhor momento do câmbio, o preço do trigo Milling no porto chegou a R$ 1.310,00, mas sem negócios reportados. Também há negócios pontuais de trigo para ração a R$ 1.300,00 no porto. O preço da pedra em Panambi se manteve em R$ 65,00 por saca.
Em Santa Catarina, o mercado segue estável, com preços variando entre R$ 1.400,00 CIF em Mafra e R$ 1.500,00 em Pinhalzinho. A principal movimentação está em torno do trigo importado, que chega a ultrapassar os R$ 1.700 no porto e R$ 1.800 no interior. Quanto aos preços pagos aos triticultores, houve alta em Joaçaba, com o valor subindo para R$ 74,33, enquanto outras localidades, como Canoinhas, mantiveram R$ 72,00 por saca.
No Paraná, os fretes em alta têm pressionado os preços FOB, que variam entre R$ 1.400,00 e R$ 1.500,00 CIF para os moinhos da região centro-sul, com entregas previstas para fevereiro e março. O trigo importado da Argentina, comprado no ano anterior, está sendo negociado entre US$ 280 e US$ 290 no porto, e o trigo paraguaio foi registrado a R$ 1.410,00 CIF no Oeste do estado. A média do preço da pedra no Paraná, apurada pelo Deral, aumentou ligeiramente para R$ 72,92, refletindo um lucro médio de 6,11% para os triticultores, com o custo de produção recuando para R$ 68,68.