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Safrinha incerta: como proteger o lucro?

Chuvas podem compensar impacto negativo



Chuvas podem compensar impacto negativo Chuvas podem compensar impacto negativo - Foto: Pixabay

A TF Agroeconômica aponta que o mercado de milho segue cercado por incertezas, tanto no cenário internacional quanto no doméstico. No exterior, as restrições ao Canadá e México podem impactar a demanda pelo milho brasileiro, enquanto, no Brasil, a produção da safrinha ainda é incerta. Caso haja redução na oferta, os preços podem subir, mas as indústrias, apoiadas pelos bons preços das carnes e do etanol, estão garantindo estoques. Para os produtores, a recomendação é aproveitar os preços futuros da B3, que garantem lucro de 12,78%, ou se proteger com opções para minimizar riscos.

Apesar das especulações sobre o atraso na semeadura da safrinha, as chuvas podem compensar parte do impacto, e as estimativas privadas indicam uma produção entre 122 e 123 milhões de toneladas, acima das 119,55 milhões projetadas pela Conab. Enquanto isso, as indústrias seguem ofertando preços superiores aos da exportação para garantir o abastecimento interno. Na B3, os contratos futuros de milho registram tendência de queda, com a cotação mais alta em março de 2025, a R$ 78,31/saca, recuando até R$ 72,39 em setembro de 2026.

Entre os fatores de alta para o milho, destacam-se o ritmo acelerado das exportações dos EUA, o atraso na semeadura da safrinha brasileira e a busca das indústrias nacionais por estoques estratégicos. Já os fatores de baixa incluem realização de lucros pelos fundos de investimento, melhora na safra argentina e incertezas sobre acordos tarifários envolvendo os EUA, Canadá e México. Caso as restrições comerciais sejam mantidas, o Brasil pode se beneficiar com um aumento na demanda externa.

“Há, hoje, incertezas por todo lado: no mercado internacional, não se sabe se as restrições ao Canadá e ao México continuarão temporárias ou não e isto poderá alterar a tendência da exportação brasileira (ou não); no mercado interno, ainda não se tem certeza sobre qual será efetivamente a produção da próxima Safrinha brasileira. A depender dos números que o mercado tiver, os preços podem subir ou não”, conclui.
 

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