Cotações do milho devem seguir em alta
México pode impulsionar exportações brasileira
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Segundo dados da análise do especialista do Grão Direto divulgada nesta segunda-feira (10), o mercado do milho segue atento às condições climáticas, às projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e às movimentações no comércio internacional, especialmente com México, EUA e Brasil. A alta do trigo também impacta as cotações do cereal.
O USDA deve manter uma abordagem conservadora em relação à oferta e demanda nos EUA, assim como fez com a soja. Já na Argentina, a produção pode ser prejudicada pelo clima seco e quente. No Brasil, apesar do atraso no plantio da segunda safra, as projeções seguem inalteradas, e a demanda deve permanecer em 47 milhões de toneladas anuais.
Entre os dias 16 e 20 de fevereiro, um surto de frio deve atingir a região do Mar Negro, afetando lavouras de trigo de inverno na Rússia e Ucrânia. Como esses países são grandes fornecedores globais, há um impacto direto nas cotações do trigo em Chicago, que, por sua vez, servem de suporte para os preços do milho.
O México, principal comprador de milho dos EUA, adquiriu 260 mil toneladas do cereal na semana encerrada em 30 de janeiro. No entanto, a ameaça de tarifas de importação impostas pelo ex-presidente Donald Trump pode encarecer as compras do milho norte-americano.
O adiamento dessas tarifas por 30 dias trouxe um alívio temporário ao mercado, mas a incerteza permanece. Caso as tarifas entrem em vigor, o México pode buscar fornecedores alternativos, beneficiando exportadores como o Brasil, que se torna mais competitivo devido à valorização do dólar frente ao real.
Diante desse cenário, os preços do milho na B3 e no mercado físico devem continuar em alta, mesmo com uma possível correção futura das cotações.