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Café mais caro: como buscar alternativas? 

“Em períodos de inflação, a substituição de produtos é uma das estratégias"



Com o café mais caro, muitos consumidores estão buscando substitutos mais acessíveis Com o café mais caro, muitos consumidores estão buscando substitutos mais acessíveis - Foto: Pixabay

O preço do café subiu 46% no varejo em 2024, tornando-se um dos principais fatores de inflação dos alimentos no Brasil. Nos últimos três meses, a alta ultrapassou 50%, refletindo a menor oferta global e nacional. A redução da produção no Vietnã e na Indonésia no final de 2023, somada à safra brasileira afetada pela seca e altas temperaturas, fez os preços dispararem.  

Com o café mais caro, muitos consumidores estão buscando substitutos mais acessíveis. Chás, cevada torrada e chicória são opções populares, além do café solúvel, que costuma ter um preço menor do que o café moído tradicional. Esse movimento de substituição pode gerar um efeito de "inflação cruzada", elevando também os preços de produtos alternativos. 

“Em períodos de inflação, a substituição de produtos é uma das estratégias mais eficazes para equilibrar o orçamento. Quando o preço de um item sobe, o consumidor pode buscar alternativas mais acessíveis, como trocar carne bovina por frango ou carne suína, ou escolher frutas e legumes da estação, que costumam ser mais baratos", explica o professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed El Khatib.

Para minimizar o impacto no orçamento, estratégias como aproveitar promoções para compras em maior quantidade, optar por marcas mais baratas e reduzir desperdícios podem fazer a diferença. Produtos regionais também tendem a ter preços mais acessíveis, ajudando a equilibrar os custos.  

A tendência de alta no curto prazo exige ajustes no consumo. Seja trocando o café por outras bebidas ou adotando estratégias de compra mais eficientes, adaptar-se a essa nova realidade é fundamental para manter o equilíbrio financeiro. "A flexibilidade nas escolhas alimentares e o planejamento cuidadoso são essenciais para manter o equilíbrio financeiro das famílias", finaliza o professor.
 

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