Chuvas irregulares impactam milho, soja e girassol na Argentina
Agricultura argentina enfrenta calor e falta de chuva
Segundo o boletim Weekly Weather and Crop Bulletin, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na última terça-feira (4), chuvas passageiras de 25 a 50 mm ou mais foram registradas em Santiago del Estero e partes do Chaco e Formosa, favorecendo as lavouras de milho, algodão e soja. Os cultivos encontram-se nos estágios vegetativo e reprodutivo, e a umidade proporcionada ajudou no desenvolvimento das plantas.
Outro bolsão de precipitação, com acumulados semelhantes, atingiu o norte de La Pampa e áreas vizinhas, beneficiando girassóis em fase de floração e enchimento, além de milho e soja em diferentes estágios de crescimento. No entanto, a maior parte do leste da Argentina, incluindo Buenos Aires, além do sul de Córdoba, Santa Fé e Entre Rios, recebeu chuvas leves e insuficientes para reverter o quadro de seca.
A persistente escassez hídrica tem reduzido gradativamente as perspectivas para a safra de verão. Especialistas alertam que precipitações mais abrangentes e consistentes serão necessárias para estabilizar o potencial de rendimento das lavouras.
Além da falta de chuva, temperaturas acima da média agravaram o cenário. O calor intenso, com máximas variando entre 30°C e 39°C, predominou em grande parte do leste do país. O governo argentino informou que, até 30 de janeiro, 14% da safra de girassóis já havia sido colhida, com os trabalhos mais avançados nas províncias de Santa Fé, Entre Rios e regiões ao norte.