Frente fria pode impactar a produção hortícola
Meteorologistas preveem inverno atypico no Paraná
Os organismos oficiais de meteorologia preveem um inverno no Paraná sob a influência do fenômeno La Niña, com temperaturas acima da média para a estação, chuvas escassas e ondas de ar frio intensas e rápidas. As regiões próximas à capital e ao litoral poderão ter precipitações um pouco acima do normal. No próximo domingo, a previsão indica temperaturas de 1° Celsius na região metropolitana de Curitiba. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 21 a 27 de junho.
Esta é a segunda frente fria do ano que pode impactar a produção hortícola, especialmente se houver geadas. Com o avanço das tecnologias de monitoramento, o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) fornece previsões para os próximos quinze dias e relatórios meteorológicos diários. Junto com os agrometeorologistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), o serviço Alerta Geada antecipa a possibilidade de geadas com 72, 48 e 24 horas de antecedência.
Para minimizar os impactos do frio intenso, tanto a céu aberto quanto em estufas, os produtores rurais podem adotar medidas preventivas como irrigação, coberturas físicas (plástico, tecido não tecido – TNT), bambus, cobertura vegetal e aquecimento. Essas técnicas são fundamentais, especialmente no Núcleo Regional de Curitiba, onde a área cultivada com hortaliças em 2022 foi de 47,8 mil hectares, tornando-se a principal produtora do estado com 1,1 milhão de toneladas, representando 38,1% do volume colhido no Paraná.
As 46 espécies cultivadas na região incluem a couve-brócolis, agrião aquático, couve-flor, repolho, batata salsa, feijão vagem, couve, cebolinha (cheiro-verde), abobrinha verde, alface, cebola e berinjela. A agricultura busca prover as cidades com alimentos saudáveis em quantidade e qualidade, contribuindo, sempre que possível, para minimizar a pressão dos preços ao consumidor final, enfrentando diuturnamente a incerteza e o risco.