Clima influencia produção de leite no Rio Grande do Sul
"Vazio forrageiro" permanece uma preocupação em alguma regiões
O Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (31) pela Emater/RS-Ascar aponta um cenário positivo para a produção de leite no Rio Grande do Sul. As condições climáticas, de modo geral, têm favorecido os rebanhos, que se encontram com bom escore corporal e em situação sanitária satisfatória. Com a recuperação do estado corporal dos animais, a produção de leite se mantém estável e, em algumas regiões, há expectativa de aumento.
Na região de Bagé, Campanha, alguns produtores têm complementado a alimentação dos animais com feno, a fim de preservar as pastagens até que as chuvas regulares voltem a ocorrer. Em Erechim, a menor incidência de chuvas permitiu um manejo melhor das pastagens e redução da umidade nos estábulos, reduzindo casos de mastite e problemas de cascos. Já em Frederico Westphalen, a produção estável deve crescer no próximo mês devido ao maior uso de alimentos concentrados e conservados e pela abundância de pastagens.
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No entanto, algumas adversidades foram observadas. Em Ijuí, as altas temperaturas geraram estresse calórico em alguns animais, especialmente em propriedades com pouca sombra. Na região de Pelotas, o chamado "vazio forrageiro" permanece uma preocupação, mas os produtores aguardam a recuperação das pastagens perenes, favorecidas pelo início da rebrota. Em Porto Alegre, os animais se mantêm em bom estado, com suplementação de ração e silagem de milho, além de temperaturas amenas que contribuem para o bem-estar animal.
Em algumas regiões, pragas começaram a aparecer, como a mosca-dos-chifres, já observada na região de Porto Alegre. Em Santa Rosa, o excesso de barro em decorrência das chuvas ainda dificulta a atividade leiteira, além do aumento de ectoparasitas, que exige controle constante.