Papel da tecnologia contra mudanças climáticas
“Dentre as tecnologias emergentes, há cenários possíveis de uso da blockchain"
Nos últimos anos, as mudanças climáticas têm impactado populações globalmente, com alterações nas estações, ondas de calor e frio, e ciclos de seca e chuva. Esses eventos refletem o uso descontrolado de recursos naturais, cujas consequências ainda são imensuráveis. Diante disso, muitas pessoas estão buscando práticas de consumo mais sustentáveis, considerando a origem e o impacto ambiental dos produtos que compram. Tecnologias emergentes, como blockchain, IoT, inteligência artificial e energias renováveis, podem ajudar a assegurar e ampliar essas práticas, promovendo transparência, eficiência e sustentabilidade na cadeia de suprimentos e no uso de recursos naturais.
“Dentre as tecnologias emergentes, há cenários possíveis de uso da blockchain que se conectem com essas novas necessidades de consumo. É natural que a primeira associação ao ouvir a palavra “blockchain” seja Bitcoin - afinal, blockchain e criptomoedas estão intrinsecamente ligados. No entanto, a tecnologia blockchain tem valiosas aplicações muito além das criptomoedas, graças à sua natureza de transparência, rastreabilidade, descentralização e automação. Essas premissas permitem que a tecnologia alcance diversos usos e possibilidades, em setores que não costumamos pensar com tanta natureza a utilidade do seu emprego”, diz Gabrielle Ribon, advogada e entusiasta de inovação.
O movimento ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance) visa gerir impactos e riscos ambientais, sociais e de governança, beneficiando-se da tecnologia. Nos últimos anos, empresas e consumidores têm valorizado os princípios ESG devido a tendências regulatórias globais e ao valor agregado de boas práticas.
Contudo, o setor ambiental ("E") enfrenta desafios como o "greenwashing" — práticas enganosas que fazem produtos parecerem sustentáveis sem realmente serem. Exemplos incluem falsificação de relatórios de emissão de gases e desvio de matérias-primas para burlar legislações ambientais, afetando indústrias como a automobilística, têxtil e alimentícia. Essas práticas melhoram a imagem de algumas empresas sem promover verdadeira sustentabilidade.