Oferta limitada mantém milho valorizado no Sul

Segundo análise da TF Agroeconômica, a escassez de milho no mercado gaúcho está sustentando preços elevados, mesmo diante da lentidão nas negociações. Com aproximadamente 70% da safra de verão 2025 já comercializada no Rio Grande do Sul, os compradores têm aceitado as pedidas dos vendedores, que se mantêm firmes diante das tentativas de barganha. As cotações variam entre R$ 75,00 e R$ 80,00 por saca, com médias regionais como R$ 75,00 em Santa Rosa, Ijuí e Seberi, e R$ 78,00 em Arroio do Meio e Lajeado.

Em Santa Catarina, o mercado segue travado. A prioridade dos produtores ainda é a colheita da soja, o que deixa o milho em segundo plano. No Planalto Norte, as pedidas estão em R$ 82,00 por saca, contra ofertas de até R$ 79,00. Já em Campos Novos, o impasse é maior, com pedidas entre R$ 83,00 e R$ 85,00, frente a ofertas entre R$ 79,00 e R$ 80,00. No Meio-Oeste e Extremo-Oeste, a colheita avança com produtividades acima de 13.000 kg/ha em algumas áreas. Apesar dos bons resultados, a liquidez segue baixa e deve melhorar após o fim da colheita da soja.

No Paraná, a movimentação continua limitada pela concentração dos trabalhos na soja. Os preços tiveram leve retração, com referência de R$ 76,00 por saca FOB nos Campos Gerais e R$ 80,00 CIF fábrica para entregas em abril. Mais de 90% da colheita já foi concluída e a safra é considerada uma das melhores dos últimos anos, graças às boas condições climáticas.

Já no Mato Grosso do Sul, o mercado spot apresenta preços variados: de R$ 70,00 em São Gabriel do Oeste a R$ 74,00 em Sidrolândia. A expectativa está voltada para a segunda safra, com cotações pressionadas diante da proximidade da colheita. Os preços giram entre R$ 122,00 e R$ 125,00 no estado, enquanto nos portos de Paranaguá e Santos se mantém em R$ 138,00 por saca, servindo como parâmetro para exportadores. Cerca de 77% das lavouras da safrinha já estão em maturação, com colheita prevista para meados de abril.