Preços do milho recuam com avanço da colheita
Nesta semana, os preços do milho no Brasil apresentaram uma leve queda
Nesta semana, os preços do milho no Brasil apresentaram uma leve queda, de acordo com dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA). A média de preços no Rio Grande do Sul ficou em R$ 56,98 por saco, enquanto em outras praças principais os preços se mantiveram em torno de R$ 55,00. Nas demais regiões brasileiras, os preços oscilaram entre R$ 35,00 e R$ 58,00 por saco. Na B3, os contratos iniciais variaram entre R$ 58,74 e R$ 69,74 por saco no fechamento do dia 12 de junho.
A queda nos preços do milho está associada ao avanço da colheita da safrinha, embora a produção esperada seja menor do que inicialmente previsto. A demanda está absorvendo lotes negociados antecipadamente e priorizando os estoques existentes, reduzindo a atividade no mercado disponível da nova safra.
A colheita da safrinha no Centro-Sul do Brasil atingiu 10,4% da área até o momento, comparado a 2,2% no mesmo período do ano passado, conforme a consultoria AgRural. A Conab, por outro lado, informa que apenas 7,5% da área total foi colhida, contra 1,7% em 2023. Especificamente, o Mato Grosso colheu 11,2%, o Paraná 7%, o Mato Grosso do Sul 5%, Tocantins 3% e Goiás 2,5% até o final da semana passada.
A falta de chuvas no Norte e Noroeste do Paraná tem prejudicado as lavouras da safrinha, enquanto Mato Grosso do Sul e Minas Gerais enfrentam clima seco e quente. A Conab também relatou que a colheita da primeira safra 2023/24 alcançou 85,2% do total previsto, com São Paulo, Paraná e Santa Catarina (100%) liderando o progresso, seguidos por Minas Gerais e Goiás (99%), Rio Grande do Sul (95%), Bahia (81%), Piauí (48%) e Maranhão (30%).
No Mato Grosso, a colheita da segunda safra atingiu 10,7% da área até o dia 7 de junho, acima da média histórica de 9,2%. No mesmo período do ano passado, apenas 3,6% da área havia sido colhida. O estado espera colher 45,8 milhões de toneladas de milho nesta safra 2023/24, uma redução de 12,8% em relação ao ano anterior, devido a uma diminuição de 7,3% na área plantada e uma queda de 5,8% na produtividade média, conforme o Imea.
No Paraná, segundo o Deral, 13% das lavouras da segunda safra estavam colhidas até o final da semana passada, com 66% das restantes em maturação. Das lavouras a serem colhidas, 52% estavam em boas condições, 31% regulares e 17% ruins, mantendo o mesmo quadro da semana anterior. No Rio Grande do Sul, 94% da safra de verão de milho foi colhida até o dia 6 de junho, em linha com a média histórica, segundo a Emater.
A Secex informou que o Brasil exportou 175.306 toneladas de milho na primeira semana de junho, representando 16,9% do total exportado em junho do ano passado. A média diária de exportação nos primeiros cinco dias úteis de junho caiu 28,8% em relação à média de junho de 2023. A Anec estima que, em junho, o país deve exportar 1,05 milhão de toneladas de milho.
Por fim, o Imea indicou que a comercialização da safrinha mato-grossense de 2023/24 alcançou 37,4% do total nesta semana, com o preço médio atingindo R$ 37,92 por saco.