Brusone no arroz: como identificar e controlar a doença?
A brusone segue preocupando produtores em todo Brasil

A brusone, principal doença da cultura do arroz, segue preocupando produtores em todo o Brasil. Causada pelo fungo Magnaporthe oryzae, a doença pode levar a perdas de até 100% na produção, comprometendo tanto a qualidade quanto a quantidade dos grãos.
A infecção pode ocorrer desde o início do desenvolvimento da planta até a fase de maturação, afetando folhas, colmos, panículas e grãos. Os primeiros sinais incluem pequenas manchas marrons nas folhas, que evoluem para lesões maiores com centro acinzentado e bordas escuras. Em casos mais severos, o fungo compromete os colmos e pode causar a quebra das panículas, fenômeno conhecido como "pescoço quebrado".
A disseminação do fungo ocorre pelo vento, e condições de alta umidade e temperaturas entre 20°C e 25°C favorecem seu desenvolvimento. O patógeno também pode sobreviver em restos culturais e sementes contaminadas, aumentando o risco de infecção em novas safras.
Clique aqui e acesse AGROLINKFITO
Manejo e controle
Para evitar prejuízos, especialistas recomendam o manejo integrado da brusone. O uso de variedades resistentes, a manutenção de lâmina d’água no cultivo irrigado e o plantio de sementes certificadas são algumas das estratégias indicadas. Além disso, a adubação nitrogenada precisa ser equilibrada, pois o excesso ou a deficiência do nutriente pode tornar as plantas mais vulneráveis.
O controle químico com fungicidas também é uma alternativa, especialmente para cultivares suscetíveis. O monitoramento constante das lavouras é essencial para identificar a doença precocemente e garantir a aplicação eficiente dos produtos. Diante da gravidade da brusone, produtores devem estar atentos aos primeiros sintomas e buscar orientação técnica para minimizar impactos e garantir a produtividade da safra.