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Milho: produtividade em alta, mas área plantada recua em SC

Importações de milho crescem em Santa Catarina



Foto: Nadia Borges

De acordo com os dados da edição de dezembro do Boletim Agropecuário produzido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgado pelo Observatório Agro Catarinense, a safra de milho 2024/2025 apresenta um cenário de desafios e oportunidades em Santa Catarina. A área destinada ao cultivo de milho na primeira safra registrou uma redução de 11,3% em comparação com a safra anterior. Essa retração na área plantada pode ser atribuída a diversos fatores, como os altos custos de produção, a insegurança dos produtores em relação a possíveis ataques de cigarrinha e os baixos preços praticados na safra passada.

Segundo dados da Epagri, apesar da redução da área, a expectativa é de um aumento na produção total de milho em Santa Catarina. Isso se deve principalmente ao incremento esperado na produtividade média, que deve alcançar 8.523 kg/ha, representando um crescimento de aproximadamente 25% em relação à safra anterior. Com a combinação de uma produtividade mais elevada e uma área plantada menor, a produção total de milho em Santa Catarina é estimada em 2,23 milhões de toneladas.

 

O plantio da safra de milho em Santa Catarina está praticamente concluído, com 99% da área estimada já semeada até o início de dezembro. As lavouras, especialmente nas regiões Oeste e Sul do estado, encontram-se em estágios avançados de desenvolvimento, com muitas já em fase de floração e enchimento de grãos. As condições climáticas têm sido favoráveis ao desenvolvimento das culturas, com chuvas bem distribuídas, o que indica uma safra promissora. No entanto, a Epagri alerta para um aumento na ocorrência de cigarrinha em algumas regiões, apesar de os prejuízos nas lavouras ainda serem considerados controláveis pelos produtores.

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O 18º boletim de monitoramento da cigarrinha-do-milho, divulgado pela Epagri, traz um alerta especial para os produtores que irão realizar a safrinha do milho, indicando a possibilidade de um aumento ainda maior na incidência dessa praga.

 

As importações de milho também têm sido significativas, principalmente do Paraguai, devido ao custo mais competitivo do frete em relação ao Centro-Oeste brasileiro. Essa prática se justifica pelo déficit de milho para suprir as cadeias produtivas do complexo agroindustrial do estado, que deve superar os 5,5 milhões de toneladas em 2024. A Epagri alerta para a possibilidade de aumento da ocorrência de cigarrinha na safrinha de milho, o que exige atenção especial dos produtores.

De acordo a Epagr, o mês de novembro apresentou o maior volume de importações do ano, totalizando 120,8 mil toneladas. Esse cenário de crescente dependência das importações se deve, principalmente, ao déficit na produção interna de milho. Em 2023, o estado enfrentou um déficit de 5,01 milhões de toneladas, e a estimativa para 2024 é ainda maior, superando os 5,5 milhões de toneladas.

Para suprir essa demanda, Santa Catarina tem recorrido principalmente às importações do Paraguai, devido aos custos mais competitivos de frete em relação ao Centro-Oeste brasileiro, especialmente o Mato Grosso. Além das importações do Paraguai, o estado também tem adquirido milho de outros estados brasileiros, como Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás.

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