Safra de soja avança no Brasil, mas ferrugem asiática preocupa gaúchos
Colheita de soja norte-americana está praticamente concluída
Segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), o plantio da nova safra de soja no Brasil avançou para 36% da área projetada, ligeiramente abaixo do ritmo do ano passado, de acordo com análises da Pátria Agronegócios e AgRural. No Mato Grosso, maior produtor nacional, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indica que 56% da área total foi plantada até 25 de outubro, um pouco abaixo da média histórica de 62,3% para essa época do ano.
De acordo com dados do Ceema, com a colheita de soja norte-americana praticamente concluída, as atenções do mercado voltam-se para a América do Sul, onde a expectativa é de uma safra recorde. A Commstock Investments aponta que, caso o plantio e o desenvolvimento da safra ocorram conforme o esperado, as cotações da soja em Chicago podem recuar para US$ 9,00 por bushel ou até menos.
O banco Rabobank divulgou novas estimativas de plantio para o Brasil, projetando um aumento de 1,5% na área total semeada, que deve alcançar 47 milhões de hectares. Em condições climáticas normais, o banco estima uma colheita de 167 milhões de toneladas. Para comparação, a Conab registrou uma produção de 147,4 milhões de toneladas na safra passada, apesar das quebras regionais, conforme informou o Ceema.
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Segundo o Ceema, a ferrugem asiática, principal doença que afeta as lavouras de soja no país, já começa a ser detectada no Noroeste do Rio Grande do Sul. Dados do programa Monitora Ferrugem RS, que utiliza 74 coletores em diversas áreas do estado, mostram os primeiros focos da doença, que pode reduzir a produtividade em até 90% quando encontra condições climáticas favoráveis.