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FEDERASUL alerta para impactos da Reforma Tributária

Classe produtiva expressa suas preocupações e expectativas para o ano



Foto: Pixabay

A incorporação no mercado de trabalho, a necessidade de reforma administrativa, a urgência de readequação das empresas em função da Reforma Tributária e o debate sobre as concessões gaúchas são alguns dos pontos destacados na Carta de Osório 2025

Documento tradicional da primeira reunião de integração de cada ano, a FEDERASUL divulga a Carta de Osório 2025, documento validado por mais de 150 lideranças empresariais que estiveram reunidos na Câmara de Vereadores de Osório, no litoral Norte, no dia 31 de janeiro. Entre as prioridades de atuação do associativismo empreendedor gaúcho está a força-tarefa para incorporar adultos dependentes do Bolsa Família ao mercado formal de trabalho, com qualificação profissional trazendo renda e dignidade.

A preocupação com a distorção dos objetivos sociais deste programa federal já havia sido exposta na Carta de Osório de 2024. No ano passado, o programa contemplou mais de 20 milhões de famílias com um repasse de R$ 168,3 bilhões. Esse alto valor investido abre um rombo nas contas públicas, exigindo cada vez mais impostos da classe trabalhadora, gerando inflação e juros altos que retiram renda e capacidade de consumo das famílias brasileiras. 

Devido ao alto grau de endividamento das famílias e empresas, que enfrentam os reflexos do desequilíbrio fiscal, a FEDERASUL reitera a necessidade de uma Reforma Administrativa para controle e qualidade das despesas. Já sobre a Reforma Tributária, a entidade observa a importância da readequação rápida das empresas frente a nova realidade para cada setor econômico.

A Carta de Osório 2025 também destaca que a recuperação do RS - devido a tragédia climática de 2024 - depende de manter e otimizar a capacidade produtiva, ocupando as vagas disponíveis, provocando novas ondas migratórias com atração de talentos pela perspectiva de oportunidades profissionais e qualidade de vida, que só se viabilizam, enfrentando os gargalos para uma infraestrutura competitiva.

Nesse aspecto, entram na pauta de discussão da FEDERASUL o debate sobre o término das concessões rodoviária e ferroviária mal concebidas, que há décadas estrangulam o acesso ao Super Porto dos gaúchos, comprometendo o potencial do comércio externo. 

Mais do que o esclarecimento da opinião pública sobre os prejuízos de aceitar renovação de concessões mal concebidas, se faz necessário enfrentar o lobby sobre a modelagem das novas licitações, evitando prejuízos ao interesse público pelas próximas décadas, num momento em que precisamos reverter o êxodo que agrava a curva demográfica gaúcha, com população inativa crescente.

A Carta de Osório 2025 finaliza destacando que a FEDERASUL acredita em um projeto de Estado próspero e humano, alicerçado no protagonismo de trabalhadores e empreendedores na geração riquezas e arrecadação. Para isso, a FEDERASUL entende como necessário uma integração coesa com os governos, unida pelos valores e pela visão de futuro. 

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