Frango: setor projeta crescimento em 2025
Produção de carne de frango deve atingir 14,2 milhões de toneladas
Projeções do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que o setor avícola brasileiro deve registrar crescimento em 2025, mas enfrenta desafios importantes relacionados à biossegurança animal e a conflitos geopolíticos em mercados estratégicos. A produção de carne de frango pode alcançar 14,2 milhões de toneladas no próximo ano, representando alta de 2,9% em relação a 2024.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que o consumo per capita de carne de frango atinja 46,6 quilos em 2025, crescimento de 1,9%. No mercado internacional, a ausência de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1 ou IAAP) no Brasil tem favorecido as exportações, consolidando o país como fornecedor seguro e competitivo.
Conforme a Organização Mundial para Saúde Animal (OMSA), o Brasil permanece livre da doença, condição que atrai importadores de mercados afetados por surtos da Influenza. Entretanto, autoridades e especialistas alertam para a necessidade de manter rígidos protocolos de biossegurança nas granjas.
Outro fator que preocupa o setor avícola é o impacto dos conflitos no Oriente Médio, região estratégica para as exportações brasileiras. O Brasil é o maior fornecedor global de carne de frango Halal e os Emirados Árabes Unidos se consolidaram como o segundo maior mercado para o produto nacional. Em 2024, até novembro, foram enviadas 425 mil toneladas para o país árabe, conforme o apontado pelo Cepea.
No âmbito regional, o Rio Grande do Sul segue com a ampliação da cadeia produtiva. Empresas como a Vibra Foods têm apostado em expansão para fortalecer sua presença no mercado internacional. A companhia inaugurou um novo incubatório em Soledade, no norte do estado, ampliando seu ciclo de crescimento na região. A nova planta se junta a um frigorífico adquirido em 2020 e uma fábrica de ração construída em 2021, formando um parque fabril integrado para a produção de carne de frango. Com 6.400 metros quadrados, a estrutura tem capacidade para manejar sete milhões de pintos por mês, abastecendo mais de 150 granjas na região e gerando 50 empregos diretos.