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Produção global de milho deve recuar em 2025

Preços internos sobem, mas mercado futuro aponta queda



Foto: Divulgação

De acordo com análise divulgada nesta segunda-feira (6) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o mercado de milho apresenta dinâmicas divergentes no início de 2025. No Brasil, os preços do cereal no mercado spot superam os níveis registrados no começo de 2024, enquanto o mercado futuro projeta cotações menores. Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos operam em valores inferiores aos do início do ano anterior, sem sinais de recuperação imediata.

No Brasil, a expectativa de uma safra 2025 maior que a de 2024 tem pressionado as cotações futuras. No entanto, a alta nos preços no segundo semestre de 2024 pode motivar agricultores a ampliar a área plantada na segunda safra de milho em 2025. O plantio acelerado de lavouras de verão, como a soja, deve permitir a semeadura do milho dentro do período ideal, favorecendo um aumento na produção. Por outro lado, o consumo doméstico deve alcançar níveis recordes, impulsionado pela demanda do setor de proteína animal e pela crescente indústria de etanol de milho no país. Esse aumento na utilização interna pode limitar as exportações, devido a um menor excedente doméstico disponível.

Segundo a análise, globalmente, a produção de milho em 2025 deve ser menor, enquanto o consumo apresenta tendência de alta, reduzindo a relação estoque/consumo mundial. Essa conjuntura pode oferecer suporte aos preços internacionais, tornando o mercado externo mais atrativo para agricultores brasileiros.

Nos Estados Unidos, embora haja estabilidade na oferta e demanda interna, o excedente é significativo, exigindo exportações robustas em um cenário de incertezas políticas devido à transição governamental.

A combinação de maior produção nacional, aumento no consumo doméstico e incertezas externas indica que o mercado de milho em 2025 será marcado por uma busca de equilíbrio entre oferta e demanda. No entanto, a redução nos estoques globais pode influenciar as estratégias de comercialização, tanto no mercado interno quanto no externo, apontou o Cepea.

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