Inoculação de bactéria pode “salvar" a soja?
Outro aspecto importante é garantir que o solo não obstrua o sulco de plantio
A inoculação de Bradyrhizobium, uma bactéria essencial para o crescimento saudável da soja, tem se mostrado uma prática eficaz e sustentável nas lavouras. De ano em ano, os benefícios dessa técnica são comprovados no campo, contribuindo significativamente para o aumento da produtividade, além de ser uma alternativa ecologicamente amigável aos fertilizantes químicos. Contudo, para garantir que a inoculação seja ainda mais eficiente, especialmente em áreas recém-preparadas, alguns cuidados e ajustes precisam ser feitos.
Emerson Finken, consultor da Meta Consultoria Agrícola Ltda, destaca pontos de atenção fundamentais para maximizar os resultados dessa prática. Primeiramente, é necessário observar a sequência correta no tratamento das sementes, uma etapa crucial para garantir que o inoculante atue de forma eficaz. Além disso, o controle do pH da calda e do índice salino no pulverizador de sulco são fatores determinantes para o sucesso da inoculação. Ajustar a pressão de trabalho do sistema e evitar entupimentos também são cuidados essenciais para evitar falhas durante a aplicação.
Outro aspecto importante é garantir que o solo não obstrua o sulco de plantio, já que um sulco bem formado é fundamental para a correta aplicação do inoculante. O direcionamento preciso do produto para o sulco também faz toda a diferença na eficiência da inoculação.
Finken exemplifica a importância desses cuidados com um teste realizado em uma área de primeiro ano, onde foi comparado o desempenho do equipamento ativado e desativado. A diferença foi notável, demonstrando que, com as práticas corretas, é possível obter resultados significativamente melhores.