Tomate: alta no atacado e queda para produtores
Batata e cebola registram queda nos preços em fevereiro
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A safra 2024/2025 das principais hortaliças cultivadas no Paraná segue em ritmo de evolução, conforme aponta o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral). De acordo com o levantamento, as culturas da batata, cebola e tomate estão sendo monitoradas de perto pelas equipes regionais do órgão.
A segunda safra de batata já teve 92% dos 10,7 mil hectares previstos plantados, um avanço de 16% nas últimas quatro semanas. A produção estimada é de 342,6 mil toneladas, com produtividade média de 31,2 toneladas por hectare. Já a colheita atingiu 16% da área plantada, com destaque para os Núcleos Regionais de Guarapuava (33%), Pato Branco (25%) e Irati (5%). Segundo o Deral, a produtividade das áreas já colhidas chegou a 36,4 toneladas por hectare, superando em 16,7% as projeções iniciais.
A cultura da cebola, por sua vez, teve sua safra encerrada no estado. O balanço final apontou uma produção de 129,1 mil toneladas colhidas em 3,2 mil hectares, um volume 2% inferior ao registrado no levantamento de fevereiro. A produtividade média ficou em 39,8 toneladas por hectare. Atualmente, apenas 5% da produção estadual permanece em posse dos agricultores, sendo que, na região de Pato Branco, 60,5% ainda estão em processo de cura e beneficiamento.
O plantio da primeira safra do tomate está praticamente concluído, com 99% dos 2,5 mil hectares previstos já semeados. A colheita chegou a 90% da área, um avanço de 11 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Até o momento, foram colhidas 156,8 mil toneladas da hortaliça, com produtividade média de 69,3 toneladas por hectare, superando em 2,3% a estimativa anterior. A segunda safra de tomate também avança, com 82% da área já plantada e 32% colhida. No entanto, a produtividade média ficou em 28,1 toneladas por hectare, bem abaixo dos 75,1 toneladas previstos. Segundo o Deral, os sucessivos períodos de calor intenso e o surgimento de uma nova praga podem ter impactado os rendimentos.
No mercado, os preços das hortaliças apresentaram variações. A batata lisa foi negociada a R$ 31,66 por saca de 25 kg em fevereiro, um recuo de 68,5% em relação ao mesmo período do ano passado, mas um aumento de 15,9% frente a janeiro. No atacado, o preço da batata comum lavada caiu 58,3% na comparação anual, mas registrou alta de 9,1% no último mês.
Para a cebola, a retração anual no preço pago ao produtor foi de 59,9%, com o valor da saca de 20 kg passando de R$ 55,63 em fevereiro de 2024 para R$ 22,32 neste ano. No atacado, a redução foi de 59,1%, enquanto no varejo a queda chegou a 47,8%.
Já o tomate apresentou comportamento distinto. O preço pago ao agricultor caiu 30,1% no comparativo anual, ficando em R$ 63,67 por caixa de 23 kg em fevereiro. No entanto, o valor aumentou 38,6% em relação a janeiro. No atacado, a caixa de 20 kg do tomate longa vida registrou alta de 66,7% em um mês e de 25% na comparação anual.
Segundo o Deral, a maior estabilidade na oferta tem reduzido os preços, embora fatores climáticos sigam influenciando a produção. "O agricultor não especula, é o elo mais fraco desse sistema produtivo e tomador de preços. Sua busca é sempre ofertar um produto de qualidade e em quantidade para a mesa dos brasileiros", destacou o boletim.
