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Argentina flexibiliza câmbio e vê disparada nos ativos; peso cai

A liberalização cambial busca corrigir distorções históricas



A liberalização cambial busca corrigir distorções históricas A liberalização cambial busca corrigir distorções históricas - Foto: Pixabay

O governo da Argentina iniciou, nesta segunda-feira (14), uma nova fase de sua política econômica ao flexibilizar o controle cambial conhecido como “cepo”. A medida, anunciada na sexta-feira (11) pelo ministro da Economia, Luis Caputo, encerra a paridade fixa da moeda e adota um regime de câmbio flutuante, limitado a uma faixa entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar. No primeiro dia de funcionamento do novo modelo, o peso argentino caiu 11,38%, encerrando cotado a 1.196,7 pesos, mas dentro da faixa estabelecida. A desvalorização era esperada e visa reduzir a diferença entre o câmbio oficial e o paralelo, o chamado “dólar blue”.

A liberalização cambial busca corrigir distorções históricas, causadas por anos de restrições que limitavam a compra de dólares, o repasse de lucros ao exterior e o comércio internacional. Nos últimos meses, o governo já vinha utilizando o modelo de “crawling peg”, depreciando gradualmente o peso em cerca de 1% ao mês. Agora, a transição para o câmbio flutuante representa um novo esforço do presidente Javier Milei para estabilizar a economia.

Apesar da queda da moeda, o mercado reagiu com otimismo. O índice S&P Merval, principal indicador da bolsa argentina, subiu 4,7%, enquanto as ações argentinas negociadas em Nova York (ADRs) dispararam — o BBVA Argentina avançou mais de 14%. O governo também anunciou um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que servirá para recapitalizar o Banco Central e apoiar o processo de desinflação. Mesmo com a volatilidade inicial, o sentimento predominante é de confiança nas reformas.
 

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