Milho recua na B3 em sintonia com Chicago
O movimento de baixa está alinhado com os preços em Chicago

Segundo informações da TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho na B3 encerraram esta terça-feira (22) com desempenho misto, mas predominância de quedas, refletindo a pressão do dólar em baixa e o avanço da safra nos Estados Unidos e no Brasil. Com exceção do contrato de maio/25, que registrou leve alta de R$ 0,21, cotado a R$ 77,11, os demais vencimentos encerraram em queda: julho/25 caiu R$ 0,63, fechando a R$ 69,95, enquanto setembro/25 recuou R$ 0,63, encerrando em R$ 70,21.
O movimento de baixa está alinhado com os preços em Chicago, onde o contrato de maio fechou com recuo de 1,25%, ou -6,00 cents/bushel, a US$ 475,75, e o de julho caiu 0,50%, ou -0,24 cents/bushel, a US$ 483,25. O principal fator baixista, segundo a análise da TF, foi o avanço mais rápido que o esperado do plantio nos Estados Unidos. A perspectiva de aumento na oferta global, com bom desenvolvimento das safras brasileira e argentina, também contribuiu para a pressão sobre os preços.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) confirmou o cenário de recuo no mercado físico interno. Conforme o órgão, compradores se mantêm retraídos, consumindo estoques e ofertando valores mais baixos, enquanto vendedores demonstram flexibilidade nos preços e prazos, focados nas atividades de campo. A colheita da safra de verão já atinge 65,5% da área nacional, superando a média dos últimos cinco anos, e a semeadura da segunda safra foi finalizada, de acordo com relatório da Conab.
O clima continua sendo um ponto de atenção, especialmente em regiões como o Paraná e o Mato Grosso do Sul, que enfrentaram estiagem em março. No entanto, a previsão de retorno das chuvas pode trazer alívio e garantir o bom desempenho da produção, o que tende a manter a pressão sobre as cotações futuras de milho tanto no mercado doméstico quanto internacional.