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Adubação eficiente impulsiona produtividade do feijão

A adubação precisa tem se mostrado uma ferramenta indispensável a produtividade



Foto: Canva

A adubação precisa tem se mostrado uma ferramenta indispensável para impulsionar a produtividade das lavouras de feijão no Brasil. Por ser uma cultura de ciclo rápido, o feijão exige manejo nutricional estratégico, que envolve análise criteriosa do solo e aplicação de corretivos e fertilizantes no momento adequado, conforme as informações divulgadas pelo agrônoma e Mestre em Fitotecnia, Giuliana Rayane Barbosa Duarte publicado no Blog da Aegro.

Segundo as informações da publicação, especialistas recomendam que a primeira etapa no manejo nutricional seja a análise do solo. Esse processo permite identificar as condições químicas e físicas do terreno, direcionando decisões sobre adubação e correções.

Amostragem do solo

A coleta deve ser feita em áreas homogêneas de até 20 hectares, levando em consideração o tipo de solo, vegetação e topografia. A amostra composta, formada por 15 subamostras e pesando 500 gramas, precisa ser enviada a laboratórios especializados com antecedência mínima de dois meses antes da adubação. Esse prazo permite realizar ajustes necessários para a correção do solo.

Calagem: correção da acidez e reequilíbrio nutricional

Quando a análise de solo indica elevada acidez, altos teores de alumínio trocável e deficiência de cálcio, magnésio e fósforo, a calagem se torna essencial. Essa prática proporciona diversos benefícios ao solo, como:

  • Aumento da eficiência dos fertilizantes;
  • Estímulo à atividade microbiana, liberando nutrientes;
  • Melhoria na estrutura física do solo;
  • Incremento da produtividade;
  • Elevação do pH;
  • Fornecimento de cálcio e magnésio;
  • Redução da toxicidade de elementos como alumínio, manganês e ferro;
  • Maior disponibilidade de nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio.

A calagem deve ser realizada preferencialmente com três meses de antecedência à semeadura. Em casos de tempo inferior, recomenda-se o uso de calcário com maior Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT), garantindo reação mais rápida no solo. Para melhores resultados, o calcário deve ser aplicado de maneira uniforme e incorporado ao solo na maior profundidade possível. No sistema de plantio direto, em que não há incorporação, a aplicação superficial pode resultar em efeitos mais lentos, exigindo planejamento cuidadoso.

Gessagem: Condicionamento da Subsuperfície do Solo

A gessagem complementa a calagem ao atuar diretamente na subsuperfície, melhorando as condições para o crescimento radicular. Feito à base de sulfato de cálcio di-hidratado, o gesso agrícola oferece benefícios adicionais:

  • Redução do alumínio trocável nas camadas mais profundas;
  • Aumento da disponibilidade de cálcio;
  • Fornecimento econômico de enxofre;
  • Melhora na estrutura radicular, permitindo maior exploração de nutrientes e água.

A aplicação do gesso é indicada quando a análise de solo, em profundidade de 20 a 40 cm, apresenta cálcio inferior a 4,0 mmol/dm³ ou saturação por alumínio (m%) acima de 30%. Esse manejo garante um ambiente favorável para o crescimento saudável das plantas, conforme o informado pelo agrônoma.

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