Café inicia 2025 em ritmo lento, mas com preços elevados
Comercialização reflete a retomada gradual das atividades após as festividades
O mercado brasileiro de café começou o ano de 2025 em ritmo lento, com baixa atividade entre compradores e vendedores, segundo análise divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A comercialização ainda reflete a retomada gradual das atividades após as festividades de fim de ano. A expectativa é de que as negociações ganhem ritmo nas próximas semanas.
De acordo com o Cepea, os preços seguem em patamares elevados, impulsionados por previsões de mais uma safra limitada no Brasil. Para o café arábica, os valores continuam próximos aos níveis de 1997 em termos reais, conforme calculado pelo Cepea com base no IGP-DI de dezembro de 2024.
No mercado do robusta, o cenário é semelhante. A menor produção esperada no Vietnã, principal fornecedor global da variedade, somada a dificuldades logísticas de exportação, deve manter a oferta mundial ajustada. Isso favorece a competitividade do café brasileiro, que registra preços recordes históricos. Nos primeiros dias de janeiro, o robusta tipo 6, peneira 13 acima, registrou cotações superiores a R$ 1.800 por saca de 60 kg, segundo o Indicador CEPEA/ESALQ, com entrega no Espírito Santo.