Batatas podem ser menos dependentes de fertilizantes
Os resultados indicam que o bloqueio do StCDF1 melhora o desempenho
Uma pesquisa recente, publicada na New Phytologist, revelou um avanço promissor na busca por culturas agrícolas mais sustentáveis. Cientistas descobriram que a modificação genética das batatas pode reduzir a dependência de fertilizantes nitrogenados, contribuindo para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.
O estudo, realizado por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Genômica Agrícola da Espanha, foca na proteína Solanum tuberosum CYCLING DOF FACTOR 1 (StCDF1), que regula a tuberização das batatas e a resposta da planta ao nitrogênio. Essa proteína se liga ao DNA e controla a expressão do gene NITRATE REDUCTASE, fundamental para a redução de nitrato e sua assimilação pela planta.
Os resultados indicam que o bloqueio do StCDF1 melhora o desempenho das batatas em ambientes com baixo teor de nitrogênio. Isso ocorre porque a modulação da expressão do gene NITRATE REDUCTASE reduz a necessidade de fertilizantes nitrogenados, tornando a planta mais eficiente no uso do nitrogênio disponível no solo.
Salomé Prat, coautora do estudo, destaca que a variação natural na ligação de StCDF1 ao gene NITRATE REDUCTASE pode ser uma estratégia eficaz para reduzir as necessidades de fertilizantes azotados nas batatas. "Essa abordagem oferece uma oportunidade significativa para a agricultura mais sustentável e para a redução do impacto ambiental", afirma Prat.
Essa descoberta abre novas perspectivas para a redução da dependência de fertilizantes nitrogenados, oferecendo uma alternativa promissora para melhorar a sustentabilidade da produção agrícola, com impactos positivos tanto ambientais quanto econômicos.