Como driblar o estresse hídrico?
Uma das principais estratégias é o ajuste do ciclo de vida

De acordo com Vinícius Caetano Pinto, Especialista em Agricultura Regenerativa na Natus Vincere Assessoria, as plantas adotam diferentes estratégias para lidar com a escassez de água. Essas adaptações envolvem ajustes no ciclo de vida, mecanismos para reduzir a perda e aumentar a absorção de água, além de modificações fisiológicas que garantem a tolerância à seca.
Uma das principais estratégias é o ajuste do ciclo de vida, que permite a antecipação da floração e da produção de sementes antes que o estresse hídrico se torne irreversível. Esse processo é regulado geneticamente, permitindo que a planta responda a sinais ambientais como temperatura e fotoperíodo. Além disso, a regulação estomática controla a abertura e o fechamento dos estômatos para minimizar a perda de água, enquanto um sistema radicular mais profundo aumenta a captação de umidade das camadas inferiores do solo. A morfologia foliar também tem papel fundamental, com folhas menores, maior deposição de cera e enrolamento foliar para reduzir a transpiração.
No nível fisiológico, a seca impacta a fotossíntese ao reduzir a captação de CO2, limitando a eficiência do fotossistema II e diminuindo o teor de clorofila. A sinalização do ácido abscísico (ABA) ativa mecanismos de defesa, promovendo o fechamento estomático e desencadeando uma resposta osmótica com o acúmulo de substâncias como prolina e açúcares para manter a hidratação celular. Além disso, proteínas protetoras e antioxidantes atuam para estabilizar estruturas celulares e eliminar radicais livres, evitando danos severos. As informações foram publicadas no LinkedIn.