Soja encerra dia em queda em Chicago
O contrato de maio também caiu -2,25%
De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de soja em Chicago (CBOT) fechou novamente em baixa nesta quinta-feira (16), pressionado pelas perspectivas de chuvas em regiões secas no sul do Brasil e na Argentina. O contrato de março, referência para a safra brasileira, registrou desvalorização de -2,28%, ou -23,75 cents/bushel, encerrando a $1019,00.
O contrato de maio também caiu -2,25%, fechando a $1031,50. O farelo de soja para março recuou -2,52%, encerrando a $294,4/ton curta, enquanto o óleo de soja para março registrou queda de -2,68%, cotado a $45,03/libra-peso.
O recuo ocorre após uma escalada nos preços motivada pelo último relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado na sexta-feira passada. Apesar da alta inicial, a valorização mostrou-se insustentável, com os contratos encerrando em patamares inferiores ao observado após a publicação do relatório.
A principal pressão vem da safra brasileira, que segue em direção a um volume recorde de produção. A previsão de chuvas nas áreas secas do sul do Brasil e na Argentina contribuiu para a retirada do chamado "prêmio climático" do mercado, reduzindo o otimismo dos operadores. Além disso, as vendas norte-americanas permanecem mornas, com incertezas relacionadas ao comércio internacional, especialmente diante das mudanças previstas a partir do próximo dia 20, o que reforça o cenário de baixa no curto prazo.
“O relatório semanal sobre exportações dos EUA, para o período de 3 a 9 de janeiro, foi neutro para o mercado, já que o USDA reportou vendas de soja 2024/2025 de 569,1 mil toneladas, acima das 288,7 mil toneladas do relatório anterior e dentro do intervalo calculado pelo setor privado, que era de 300.000 a 800.000 toneladas. Além do aumento semanal, a agência alertou que as vendas ficaram 27% abaixo da média das quatro semanas anteriores”, conclui.