Qual o melhor adjuvante para a cana?

A escolha dos adjuvantes mais adequados para a cana-de-açúcar no Valle del Cauca, Colômbia, tem gerado debates entre especialistas locais, mas que pode ser levado para além das fronteiras. Segundo o engenheiro agrônomo José David Alvarado Micanquer, compreender as características dos adjuvantes à base de álcool e óleo é essencial para otimizar a eficiência dos agroquímicos aplicados na cultura.

“No agronegócio da cana-de-açúcar, a escolha de adjuvantes é fundamental para maximizar a eficiência dos agroquímicos. Enquanto os adjuvantes à base de álcool se destacam por sua capacidade de reduzir a tensão superficial e melhorar a penetração do produto, os adjuvantes à base de óleo se destacam em seu efeito como aderentes, minimizando a deriva e maximizando a cobertura folia”, escreveu ele, no LinkedIn.

Os adjuvantes alcoólicos destacam-se por sua capacidade de reduzir a tensão superficial, favorecendo a penetração dos produtos na planta. Além disso, são ideais para estabilizar misturas em regiões com água de alta dureza, como ocorre frequentemente no Valle del Cauca. Esses adjuvantes também atuam como umectantes, promovendo aplicações mais uniformes e precisas, especialmente em condições climáticas variáveis.

Por outro lado, os adjuvantes à base de óleo oferecem benefícios únicos. Eles maximizam a cobertura foliar ao atuar como aderentes, reduzindo a deriva durante a aplicação. Sua eficácia é particularmente notável em aplicações de pré-emergência, com aumento da eficiência de herbicidas em até 30%. Quando formulados com óleos vegetais biodegradáveis, tornam-se uma alternativa sustentável para o manejo da cana-de-açúcar.

Para Micanquer, a decisão entre esses dois tipos de adjuvantes deve considerar fatores como o clima, o tipo de solo e as necessidades específicas da cultura. Ele ressalta que uma análise criteriosa desses aspectos pode ajudar produtores a potencializar os resultados das aplicações, garantindo maior produtividade com menor impacto ambiental.