Leite tenta abrandar responsabilidade, diz especialista
Azzoni é economista, especializado em Direito Ambiental
De acordo com o especialista em Direito Ambiental, Alessandro Azzoni, o governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tentou abrandar a sua responsabilidade durante a crise climática seguida por enchentes que ocorreram no estado por meio de entrevistas. Segundo o especialista, a responsabilidade é até criminosa.
Azzoni é economista, especializado em Direito Ambiental. Bacharel em Ciências Econômicas pela Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU) e mestre em Direito pela Universidade Nove de Julho, conta com especialização em Direito Ambiental Empresarial pela FMU. Para ele, a fala de Eduardo Leite pode ser caracterizada como vergonhosa.
“A fala do governador chega a ser vergonhosa. Ainda mais se considerarmos a modificação de mais de 500 pontos no Código Ambiental Estadual já no primeiro mandato. E do programa urbanístico para derrubada do muro de Mauá, que foi construído em 74 justamente para evitar as cheias do Rio Guaíba e que foi essencial para evitar catástrofe ainda maior”, afirma.
Para o especialista, Eduardo Leite não pode alegar que foi pego de surpresa. Em várias entrevistas anteriores, ele já havia mencionado que "os estudos alertavam sobre a situação, mas o governo estava ocupado com outras agendas e prioridades". Isso sugere que havia conhecimento prévio dos riscos, embora a atenção estivesse voltada para outros assuntos.
“Os estudos alertavam e ele falava que nem sempre os dados representam a realidade. Isso quer dizer que ele tinha informações. Isso é negligência, sim. Houve omissão, sim. Pois ele sabia dos riscos e pouco ou nada fez”, conclui.