CI

Empresários uruguaios temem desvalorização do Real 

Comerciantes de áreas fronteiriças solicitaram medidas ao governo uruguaio



Este cenário afeta principalmente as regiões de fronteira Este cenário afeta principalmente as regiões de fronteira - Foto: Pixabay

A desvalorização do real brasileiro preocupa empresários uruguaios devido aos efeitos sobre setores estratégicos como veículos, laticínios e plásticos. A diferença de preços entre os dois países, evidenciada pelo Indicador de Preços Fronteiriços da Universidade Católica do Uruguai, aponta que o Brasil é cerca de 71% mais barato que o Uruguai. Este cenário afeta principalmente as regiões de fronteira, como Artigas (Uruguai) e Quaraí (Brasil), onde comerciantes enfrentam dificuldades para competir com os preços brasileiros.  

Comerciantes de áreas fronteiriças solicitaram medidas ao governo uruguaio, incluindo a isenção do IVA para a cesta básica, maiores descontos no Imposto Específico Interno (Imesi) sobre combustíveis e facilidades para microimportações. Contudo, o Ministério de Economia e Finanças (MEF) descartou essas propostas, alegando que a diferença de preços é uma situação conjuntural, resultado das políticas econômicas e variações cambiais entre os países.  

O MEF argumenta que a devolução total do IVA, que poderia alcançar 18,03% para produtos com alíquota básica de 22% e 9,09% para os de alíquota mínima de 10%, não seria suficiente para neutralizar a disparidade de preços. Além disso, as autoridades destacaram o impacto fiscal significativo que tais medidas representariam, sem garantia de alterar os hábitos de consumo da população fronteiriça, que prioriza as compras no Brasil devido à ampla diferença de preços.  

Embora reconheça o problema enfrentado por comerciantes e moradores dessas áreas, o governo uruguaio optou por não regulamentar o artigo da Lei de Rendição de Contas que permitiria isenções fiscais nas zonas fronteiriças. A justificativa oficial reforça que as medidas solicitadas seriam ineficazes diante da magnitude da diferença de preços e do cenário econômico atual. As informações são do Infobae.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.